segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tutorial - Como Afinar o Violão

Primeiramente, para afinar seu violão você precisara de uma referencia auditiva, ou seja, um instrumento que você tenha certeza de estar afinado. Como nem sempre isso é possível, você pode utilizar um diapasão.
O diapasão é um instrumento cuja finalidade é servir de referência para a afinação de instrumentos musicais, podendo ser de dois tipos básicos: de “Garfo” e de Sopro.
O diapasão de “garfo” consiste em uma peça de metal em forma de “U” alongado com uma haste também de metal saindo da curva, que serve para segurá-lo.



Segure-o pela haste e bata em algum objeto sólido com uma das pernas do diapasão para fazer com que comece a vibrar. O diapasão irá produzir um som agudo, 440Hz para ser mais exato. Essa frequência corresponde à nota Lá.
Uma opção mais barata é o diapasão de sopro, que se assemelha a um apito. Quando você assopra, produz um som que pode ser utilizado para afinar o instrumento. O diapasão de sopro pode ser encontrado com diversas afinações, inclusive as correspondentes à afinação das cordas do violão (mi, lá, ré, sol e si).
Diapasão de sopro



Afinação com diapasão

- Segure o diapasão pela haste e bata sobre alguma superfície sólida para fazê-lo vibrar.

- Ouça atentamente o som produzido pelo diapasão, toque a 5ª corda (lá) e tente fazer com que os sons da corda e do diapasão fiquem igualados. A 5ª corda estará afinada.

- Com a 5ª corda afinada, pressione-a na 5ª casa e toque. O som produzido será a nota Ré. Toque a 4ª corda solta e tente igualar os sons das duas cordas.

- Toque a 4ª corda pressionando-a na 5ª casa para produzir a nota Sol. Em seguida, toque a 3ª corda solta e iguale os sons das duas cordas.

- Toque a 3ª corda pressionando-a na 4ª casa para produzir a nota Si. Em seguida toque a 2ª corda solta e iguale os sons das duas cordas. A 2ª corda estará afinada.

- Toque a 2ª Corda pressionando-a na 5ª casa para produzir a nota Mi. Em seguida toque a 1ª corda solta e iguale os sons das duas cordas.

- Por último, toque a 5ª corda solta para produzir a nota Lá, em seguida toque a 6ª corda presa na quinta casa para produzir a mesma nota Lá da 5ª corda solta. Iguale os dois sons e você terá afinado com sucesso seu violão.

Não se preocupe se no começo encontrar alguma dificuldade em perceber quando os sons das cordas estão iguais. Para isso você terá que desenvolver seu ouvido musical, o que leva algum tempo. Existem alguns exercícios específicos para esse fim, entretanto, você pode conseguir ótimos resultados apenas ouvindo bastante música e tentando cantar junto com seus cantores preferidos. Este é um bom exercício e é muito divertido também.

Boa Sorte e Bons estudos.

sábado, 29 de outubro de 2011

Aula 5 - Primeiros Exercícios de Leitura


Lembrando:

3ª Corda Solta = Nota Sol
2ª Corda Solta = Nota Si
1ª Corda Solta = Nota Mi

6ª Corda Solta = Nota Mi
5ª Corda Solta = Nota La
4ª Corda Solta = Nota Ré



Primeiros Exercícios de Leitura Usando Cordas Soltas


Obs: Os exercícios a seguir devem ser praticados lentamente.
Os objetivos a serem atingidos são:

• Postura correta das mãos;
• Regularidade rítmica entre as notas, se possível treinar com metrônomo;
• Controle da intensidade (volume igual do começo ao fim);

Após atingir os objetivos propostos acima, você poderá aumentar gradativamente a velocidade desde que mantenha o foco na regularidade.

Esses exercícios devem ser praticados como polegar apoiado na sexta corda.



Lembre-se que as letras i – m – a sobre as notas no primeiro compasso de cada exercício referem – se aos dedos da mão direita. Os compassos seguintes devem ser executados com a mesma seqüência de dedos.

Observe que no fim de cada exercício aparece uma barra dupla com dois pontos:

Este sinal é chamado ritornello e indica que o trecho deve ser repetido.

Os exercícios a seguir devem ser praticados com os mesmos objetivos dos anteriores e sua execução deve ser com os dedos indicador, médio e anular apoiados nas três primas, na seguinte ordem: Indicador – 3ª corda, Médio – 2ª corda e Anular – 1ª corda.



Pratique estes exercícios com cordas soltas tocando e falando os nomes das notas ao mesmo tempo para a melhor fixação da posição das notas na pauta

Nos próximos artigos veremos a localização das notas da primeira região do braço do violão e praticaremos mais exercícios.

Boa Sorte e Bons Estudos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aula 4 - Introdução a Leitura Musical (Partitura)

Pauta ou Pentagrama - Conjunto de cinco linhas horizontais, paralelas, equidistantes, e os quatro espaços entre elas.



Observe que as linhas e espaços são contados de baixo para cima. É nas linhas e nos espaços que se escrevem as notas que representam os sons musicais.

Claves – São sinais usados geralmente no começo da pauta, para determinar a posição das notas nas linhas e espaços, bem como, a sua altura na Escala Geral dos Sons.

A Clave é de fundamental importância na escrita musical e não pode ser suprimida, pois uma nota escrita na pauta sem clave, não representa som algum.


Clave de Sol - A Clave de Sol é utilizada para escrever os sons agudos e é a clave utilizada pelo Violão. Apesar de ter uma extensão que vai do grave ao agudo, o violão tem sua tessitura anotada na clave de sol pelo fato de sua escrita ser anotada uma oitava justa acima do som real. Portanto, o violão é um instrumento transpositor.

A Clave de Sol determina a posição da nota sol na 2ª linha. Tendo-se esta, conhecem-se as demais contando a partir da nota sol ascendentemente se a nota estiver acima da segunda linha ou descendentemente se a nota estiver abaixo.




A pauta com suas cinco linhas e quatro espaços não pode conter todas as notas musicais, por esse motivo, com o intuito de expandir seus limites, nós eventualmente utilizamos um conjunto de linhas extras chamadas suplementares superiores e inferiores quando acima ou abaixo da pauta respectivamente.

As linhas e espaços suplementares recebem numeração (assim como as linhas e espaços da pauta) crescente à medida que se afastam da pauta. O número de linhas ou espaços suplementares não é limitado, contudo, recomenda-se que sejam utilizadas no máximo cinco linhas suplementares, tanto inferiores, quanto superiores.


Agora só me resta passar um exercício de leitura para você treinar e começar a decorar a posição das notas musicais na pauta com clave de sol.

Imprima o exercício e pratique lendo e falando as notas. Comece devagar e tente se lembrar das posições das notas das linhas e das notas dos espaços.


Baixe o gabarito deste Exercício clicando AQUI

Espero que estas informações possam ser úteis para você.

Boa sorte e Bons Estudos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Aula 3 - Introdução as Cifras

Cifra é uma forma de escrita musical que associa as sete notas musicais às sete primeiras letras maiúsculas do nosso alfabeto. Hoje em dia a cifra é mais utilizada para a escrita dos acordes (duas ou mais notas tocadas ao mesmo tempo) e além das letras maiusculas, utiliza também letras minúsculas, números e sinais.


Conforme o quadro acima, vemos que para cada nota temos uma letra maiúscula que a representa. Quando a letra maiúscula aparece sozinha como vimos acima, representa uma tríade maior (tríades = acordes de três sons. Podem ser maiores, menores, aumentadas ou diminutas).
Às vezes ao lado da cifra, aparece um “m” como no exemplo a seguir : Cm. Nesse caso temos um acorde do modo menor.

Cm = Dó menor
Dm = Ré menor
Em = Mi menor

E assim por diante.

Os tipos de acordes, suas formações e relações harmônicas constituem a matéria de estudo da harmonia nos próximos artigos.

Veja o quadro abaixo, ele contém as tríades maiores na primeira posição (início do braço do Violão).



A Seta nos acordes Fá e Sí representa a pestana. Deve - se colocar o dedo 1 transversalmente em relação às cordas prendendo todas as cordas no caso do Fá e até a 5ª Corda no caso do sí.

Pratique estes acordes e tome o cuidado de aprender seus nomes e as letras (cifras) que os representam.

Boa Sorte e Bons Estudos.

10 Dicas para aumentar a Qualidade do estudo.

Dica n° 1 - Prepare o ambiente para o estudo, retirando tudo o que possa causar distração. Estudar música com televisão ligada é uma péssima idéia. Procure deixar o ambiente o mais iluminado e arejado possível.

Dica n° 2 – Lembre de procurar sentar-se com a coluna ereta e com uma postura corporal correta para evitar dores desnecessárias.

Dica n° 3 – Faça alguns exercícios de alongamento, para preparar o seu corpo, e enquanto pratica, procure prestar atenção aos seus braços, pernas, pescoço, ombros, e caso perceba alguma tensão muscular, procure relaxar os músculos. O ato de tocar deve ser um ato de relaxamento e bem estar, portanto dê atenção ao seu corpo.

Dica n° 4 – Não estude por períodos muito longos, às vezes nossa mente precisa de algum tempo para assimilar tudo o que está aprendendo. Também não é bom para nosso corpo ficar sentado por grandes períodos. Faça um intervalo a cada meia hora de estudo, para se levantar e movimentar o seu corpo, só alguns minutos já são suficientes para aliviar as tensões.

Dica n° 5 – Observe o rendimento de seu estudo nas diversas horas do dia, e tanto quanto possível, planeje suas atividades diárias de forma a liberar mais tempo para o estudo nos períodos do dia em que você se sente melhor para estudar. No meu caso, percebo que meus estudos rendem mais durante o período da manhã, pois consigo me concentrar mais e por mais tempo.

Dica n° 6 – Planeje seu horário de estudo dividindo o tempo disponível de acordo com o que você estiver estudando. Por exemplo, supondo que você terá uma hora para estudar, separe 10% do tempo (cerca de 6 minutos), para exercícios de aquecimento e alongamento corporal, 30% do tempo para estudo de técnica (exercícios), 30 % do tempo para o estudo de teoria musical e 20% do tempo para preparação de repertório ou para tirar alguma música de ouvido, enfim, é claro que a divisão não deve ser obrigatoriamente esta, mas tente balancear o estudo.
Você deve ter percebido que na minha divisão foram utilizados somente 90% do tempo, os outros 10% são para você fazer uma pausa após os primeiros 30 minutos de estudo. (dica n° 4).

Dica n° 7 – Procure um professor qualificado para lhe ensinar, e utilize materiais didáticos e de consulta, de qualidade. Tenha os métodos, apostilas e livros sempre a mão durante os estudos, para consultar caso surja alguma dúvida, dessa forma você não perderá tempo com pesquisas.

Dica n° 8 – Não estipule prazos. Coisas como “Tenho que aprender a tocar em seis meses” só atrapalham, pois de fato você não vai se tornar um bom instrumentista em seis meses, e a medida que o prazo for terminando, você se sentirá frustrado por não estar cumprindo o seu prazo. Ao invés de prazos, estipule metas, mas atente para que as metas sejam possíveis de se alcançar.

Dica n° 9 – Caso você tenha algum compromisso após o horário de estudo, programe um despertador para lembrá-lo da hora de parar, assim você evita ficar olhando para o relógio a todo o momento, aumentando seu aproveitamento do tempo de estudo.

Dica n° 10 – Envolva-se profundamente com o seu estudo. Leia livros e revistas sobre música e sobre violão, informe-se sobre os grandes violonistas e procure ouvir suas gravações e composições. Isso servirá de parâmetro para você saber o quanto ainda pode evoluir.


Com essas dicas você com certeza terá uma evolução mais rápida como violonista.

Boa sorte e bons estudos.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aula 2 - Notas Musicais - Escala Cromática

Como já vimos anteriormente, os sons possuem propriedades físicas, entre elas a altura, relacionada à freqüência da vibração, que também nos permite classificar os sons em duas categorias básicas:

Sons musicais – São as notas musicais. Possuem freqüência regular e pré-estabelecida.

Ruídos – Sons irregulares cujas freqüências quase sempre não consideramos importantes (embora sejam!!).
Como exemplo de instrumento que produz sons irregulares, podemos citar a bateria.

Apesar de ambos os tipos de sons serem plenamente utilizados na música, vamos estudar com mais ênfase os sons regulares, ou seja, as notas musicais e suas relações.

Basicamente existem sete notas musicais, que são chamadas notas naturais, cada uma com sua respectiva freqüência de vibração.

São elas:



Após a nota Si, as nota se repetem, ou seja, após a nota Si, vem a nota Dó, cuja freqüência será o dobro da apresentada na tabela acima.
O Intervalo (distância) entre uma nota e a sua primeira repetição acima ou abaixo, é chamado de oitava.
A tabela acima tem por base as notas da oitava central da escala geral dos sons.



As notas naturais estão separadas entre si por dois tipos de intervalos (diferença de altura entre dois sons) básicos, são eles:

Intervalo de semitom (meio tom) – Localizado entre as nota Mi e Fá e entre as notas Si e Dó. Esta é a menor distância entre dois sons no nosso sistema musical. No Violão este intervalo corresponde à distância de uma casa.

Intervalo de Tom – Formado por dois semitons, no violão corresponde à distância de duas casas.


Alem destas sete notas que se repetem sucessivamente, existem mais cinco sons que são chamados de acidentes. Localizam-se entre as notas separadas por intervalo de Tom, dividindo estes intervalos ao meio. Desta forma todos os sons do nosso sistema musical ficam separados por intervalo de semitom que é a menor distância entre duas notas no nosso sistema musical chamado Sistema Temperado.
Os acidentes receberão os nomes de suas notas vizinhas, acrescidas de dois sinais especiais que veremos a seguir:

# - Sustenido – Faz a nota subir um semitom.
b – Bemol – Faz a nota descer um semitom.

Desta forma, entre as notas Dó e Ré teremos uma nota que será chamada de Dó# (dó sustenido) ou Réb (Ré bemol). Apesar de possuir dois nomes, trata-se de uma única nota. Quando um único som recebe dois nomes diferentes, chamamos de enarmonia e dizemos que Dó# e Réb são enarmônicos.
Ficamos então com uma seqüencia de doze sons separados por intervalos de semitom, chamada Escala Cromática.


O quadro abaixo mostra a disposição das notas da escala cromática na primeira região do braço do violão.


Espero que estas informações tenham sido úteis.

Boa sorte e bons Estudos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Partes da música/ Propriedades do som.

Definições.


Música – É a arte do som. É dividida em três partes:

Ritmo – Do grego Rhytmos que quer dizer aquilo que possui Movimento. O ritmo é o próprio movimento, e é encontrado em tudo que se movimenta. Você, por exemplo, ao caminhar, possui certo ritmo, às vezes mais rápido, as vezes mais lento (dependendo da sua pressa!).
O Ritmo é a parte mais elementar da música, portanto, não pode haver música, se não houver ritmo.

Melodia - É uma seqüência de sons sucessivos, isto é, um após o outro, que possuem sentido musical. Quando você assobia uma música, por exemplo, o que você está assobiando é na verdade somente parte da música, a sua melodia, destituída de seu acompanhamento.
A melodia não pode ser separada do ritmo, pois já o contém em si própria, porém não é uma parte tão fundamental quanto o ritmo, visto que há músicas que não possuem melodia.

Harmonia - É a parte da música que estuda as notas tocadas ao mesmo tempo, ou seja, os acordes (três ou mais notas tocadas ao mesmo tempo) que acompanharão a melodia.
Seu estudo é fundamental para o violonista, pois o violão é essencialmente um instrumento com grandes possibilidades harmônicas e melódicas, contudo, existem músicas que não possuem harmonia, sendo constituídas apenas de ritmo e melodia.


Já que música é a arte do som, convém estudarmos agora o som, e suas propriedades físicas, pois o som é a matéria prima da música.

Som – O som é vibração, ou seja, para que haja som é necessário que haja um corpo vibratório e um meio através do qual esta vibração possa se propagar de forma que chegue aos nossos ouvidos. São divididos em sons musicais (regulares) e ruídos (irregulares).
Pode-se dizer, que todo instrumento musical é na realidade um objeto feito para vibrar. Ao vibrar, o instrumento movimenta as moléculas de ar ao seu redor (meio de propagação) que por sua vez movimenta as moléculas adjacentes formando o que chamamos de onda sonora, que se propaga do corpo vibratório em todas as direções.
Alguns autores costumam definir o som como sendo tudo aquilo que nossos órgãos auditivos são capazes de captar e classificar, porem, esta afirmação não é totalmente correta, já que existem sons localizados em faixas de freqüência acima (ultra – som) e abaixo (infra – som) da faixa de freqüências que o nosso ouvido é capaz de perceber. Estes sons só podem ser detectados por seres humanos, através de aparelhos eletrônicos. Sabe-se também, que alguns animais como os cães e os morcegos, possuem uma audição sensivelmente mais desenvolvida que a audição humana sendo capazes de perceber sons que vão do infra ao ultra-som.
O som possui quatro propriedades físicas, muito importantes do ponto de vista musical, são elas:

Altura – Propriedade que permite ao som ser grave, médio ou agudo – Está relacionada a freqüência da vibração, medida em hertz (Hz) – (ciclos por segundo).
Quanto menor a freqüência, mais grave é o som. Do mesmo modo, quanto mais alta for a freqüência de uma nota, mais agudo será o seu som.

Duração – Quantidade de tempo que um corpo sonoro permanece vibrando. Se você ferir uma corda do violão, verá que ela permanecerá vibrando por algum tempo antes de parar completamente. A esse lapso de tempo damos o nome de duração.

Intensidade – Força utilizada para produzir determinado som. Quando tocamos uma corda com mais força, ela faz um movimento mais amplo (Maior Amplitude de movimento), conseqüentemente, movimenta uma quantidade maior de ar, produzindo um som com maior volume. Intensidade = Volume

Timbre – Qualidade específica de cada som que o torna único. É a identidade do som.
Se você já teve a oportunidade de tocar vários violões diferentes, já deve ter percebido que nenhum violão possui som igual ao outro. Assim como as vozes das pessoas são diferentes, os sons dos instrumentos possuem diferenças. Experimente tocar um violão equipado com cordas de aço, e um com cordas de nylon, mesmo que você toque as mesmas notas, ainda assim o som será diferente. A diferença é o timbre.
O timbre é talvez a propriedade mais importante de um som, do ponto de vista musical. É por causa dele que existem tantos instrumentos musicais diferentes. O fato é que se o som do violão fosse igual ao do violino, não haveria razão para que ambos existissem. Apenas um deles bastaria.


Espero que esses conceitos Tenham ficado claros.

Boa sorte e bons estudos.

sábado, 15 de outubro de 2011

Aula 1

                Antes de começar o estudo propriamente dito, devemos aprender a nomenclatura das partes do violão para que possamos conhecer os termos que serão utilizados nas nossas aulas e então, possamos falar a mesma língua.

O esquema abaixo mostra o violão e os nomes de suas partes.

De posse dessa informação, passemos para a nomenclatura das cordas e sua afinação: 





A nomenclatura que usaremos para os dedos será a seguinte:

MÃO ESQUERDA                                                 MÃO DIREITA

INDICADOR------- “1”                                           POLEGAR------ “p”
MÉDIO------------- “2”                                            INDICADOR----“i”
ANULAR----------3”                                              MÉDIO-------- “m”
MÍNIMO----------- “4”                                            ANULAR------- “a”

Se você for canhoto, terá que inverter a nomenclatura dos dedos das mãos.


        
         Nesta primeira aula, passarei um exercício para desenvolvimento da coordenação motora básica, e este exercício deve ser praticado todos os dias e repetido diversas vezes por dia.

         Os objetivos a serem atingidos são a regularidade rítmica (mesmo intervalo de tempo entre cada nota) e igualdade de intensidade (do início ao fim com o mesmo volume).



Vamos ver agora como se pratica este exercício:

                As setas vermelhas no quadro acima indicam a direção do movimento, da 1ª casa em direção a 4ª casa, e da 6ª corda em direção à 1ª Corda. (As casas recebem números crescentes à medida que se aproximam do corpo do violão).

Vejamos passo- a -passo: 

·         Pressione a 6ª corda, com o dedo 1, na 1ª Casa (onde está o número 1 no desenho) e toque.
·         Pressione a 6ª corda com o dedo 2, na 2ª casa e toque.
·         Pressione a 6ª corda com o dedo 3, na 3ª casa e toque.
·         Pressione a 6ª corda com o dedo 4, na 4ª casa e toque.
·         Desça para a próxima corda (5ª) e repita os passos anteriores;
·         Faça o mesmo com todas as cordas até chegar ao dedo 4, na 4ª casa da 1ª corda.

                E lembre-se: O objetivo e regularidade e não velocidade. Pratique devagar tomando o cuidado de observar o som emitido a cada toque, o som deve ser nítido e ter volume.
                O ideal é praticar este exercício com o auxilio de um metrônomo (Instrumento dotado de mecanismo de relojoaria utilizado para marcar os diversos andamentos dos tempos dos compassos. Hoje em dia pode Ser encontrado também na forma digital.)
                Mas na falta de um metrônomo, você pode usar a seguinte dica para começar a desenvolver a regularidade, utilize um relógio, observe o ponteiro dos segundos e tente tocar cada nota junto com os movimentos do ponteiro.


Exercícios para a Mão Direita.

                Nestes exercícios o polegar tocara a 6ª corda, e os dedos Indicador, Médio e Anular tocarão a 3ª, 2ª e 1ª cordas respectivamente.

1) P – I – M – A
2) P – I – A – M
3) P – M – I – A
4) P – M – A – I
5) P – A – I – M
6) P – A – M – I
7) P – I – M – A – M – I

                Estes exercícios consistem simplesmente em praticar as seqüências de dedos, respeitando as cordas indicadas para cada dedo, ou seja, Polegar – 6ª Corda, Indicador – 3ª Corda, Médio – 2ª Corda e Anular – 1ª Corda.
Repita o exercício até que fique fácil de fazer e lembre-se: Regularidade!

Nos próximos artigos veremos outros exercícios para técnica e coordenação motora.



Boa sorte e bons estudos.

A influência da postura na execução musical

A postura particular de cada instrumento foi desenvolvida e estudada durante anos com o objetivo de possibilitar ao instrumentista extrair de seu instrumento o máximo de sonoridade com o mínimo de esforço. Pensando desta forma, supõe-se que adotar a postura correta para a execução instrumental seja algo natural e até inerente ao ato de estudar música, porém, na pratica, isso está longe de ser verdade.
                 Quando vemos um violonista “largado” sobre uma cadeira, ou banquinho, ou caixote de madeira, ou, seja lá o que for, executando brilhantemente uma bela canção, enquanto nosso professor nos cobra austeramente por uma postura corporal correta para tocar, não podemos deixar de pensar: “Será que esse Pioio sabe o que está fazendo?”
                A resposta é Sim! Sabe mais do que você imagina!
                O fato é que quando vemos um bom violonista tocando, não imaginamos quantas horas de estudo diárias foram necessárias para se chegar àquele nível de desenvoltura e àquela execução perfeita. Simplesmente não podemos imaginar quantos dias, meses e anos foram necessários, tudo o que vemos é uma bela execução e é aí que está o problema.
                Uma postura errada pode causar ao futuro violonista, desde dificuldades para executar certas peças musicais (isso na melhor das hipóteses) até problemas graves de saúde como problemas de coluna e nas articulações dos pulsos, que ao longo do tempo podem até impedi-lo de tocar. Caríssimo (a) Leitor (a)... Se estiver pensando que isso é exagero, imagine a seguinte cena: O cara está lá... Por horas sentado, estudando seu instrumento, sem fazer atividades físicas (sedentarismo, pessoal!!), a Coluna “véia” parecendo um anzol... Com o violão colocado em relação ao seu corpo de forma que para alcançar as cordas, ele tem que submeter suas articulações a ângulos agudos (Ângulos agudos =  Dores agudas) e o resultado é...L.E.R.!
                Imaginou?...Bem, diante disso, tudo aquilo que possa nos poupar de algum esforço, e com sorte de alguns anos de dor, é muito bem vindo, não acha?
                Não importa se você está estudando música erudita ou popular, música é música e dor é dor em ambos os casos. Portanto, dê atenção aos conselhos de músicos mais experientes, adote uma postura correta ao estudar. Mas qual a postura correta para se estudar violão?
                Bom, primeiramente é necessário observar que a coluna vertebral deve estar sempre ereta, enquanto o corpo deve permanecer relaxado.
                A mão direita é de fundamental importância na execução de qualquer música, visto ser ela a mão que de fato produz o som no violão. Quanto à posição da mão direita, devemos atentar para que o antebraço esteja apoiado sobre a curva maior superior do violão, de modo que a mão fique na posição mais natural possível, e seguindo a linha do antebraço.
                Os dedos indicador, médio e anular devem posicionar-se sobre as primas, como se fossem feri-las e o polegar deve estar sobre a 6ª corda e deve permanecer levemente adiantado em relação à mão.
                Quanto à mão esquerda, os dedos 1, 2, 3 e 4 devem permanecer próximos das quatro primeiras casas como se fossem digitá-las, em posição aberta porém de forma natural.
                O polegar da mão esquerda é de fundamental importância pois servirá de apoio para esta mão e deverá estar posicionado do meio para baixo na parte de trás do braço do instrumento, o cotovelo será o centro de gravidade do conjunto.
                O ombro esquerdo deve estar relaxado e livre para deslocarmos a mão para qualquer região do braço do violão.
                Observando estes aspectos, você poderá aproveitar melhor suas horas de estudo e com certeza terá melhores resultados ao longo do tempo, e ainda evitara dores e problemas de coluna.


                Espero ter podido esclarecer um pouco sobre a postura correta para se tocar violão.

Nos próximos artigos veremos mais dicas para você que está aprendendo violão.


Boa sorte e bons estudos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Violão - Iniciando o estudo

                O estudo de um instrumento musical, seja ele qual for, sempre passa por certas etapas mais ou menos distintas, e facilmente identificáveis por um professor. A primeira etapa é a familiarização com o instrumento (com a técnica e a linguagem particular de cada instrumento musical), a descoberta das possibilidades sonoras do instrumento que não acontece da noite para o dia. Ao contrário, requerem paciência e dedicação além do mais importante, a curiosidade e a vontade de aprender, sem as quais é quase impossível superar esta etapa.
                No começo há a empolgação a vontade de tocar o desejo de aprender o mais rápido possível... Ah!... As músicas que queremos aprender... Os solos que Iremos tocar... Isso é tudo o que temos em mente quando começamos a estudar música. Pelo menos foi assim comigo. Mas após algumas aulas, percebemos que não será uma tarefa assim tão fácil.
                Primeiro é preciso desenvolver a técnica inicial do instrumento, e isso só se consegue através de exercícios repetidos à exaustão. Sem isso, simplesmente não conseguimos fazer os acordes e as mudanças de posições necessárias para executar uma música. Se você está nesta etapa do aprendizado, só posso lhe dizer que apesar de ser uma fase chata é de extrema importância que você pratique os exercícios e desenvolva a técnica tanto da mão esquerda quanto da mão direita. Aliás, se você for destro, enfatize a técnica da mão direita (falaremos sobre isso em outra oportunidade).
                A próxima fase do estudo é o desenvolvimento da linguagem musical, conhecimento dos aspectos teóricos da música e desenvolvimento do repertório inicial. Nesta etapa a evolução técnica vem com a prática de tocar e é necessário aqui destacar a importância de se conhecer os diversos estilos musicais, independentemente de seu gosto particular, pois todos os estilos musicais oferecem alguma dificuldade técnica a ser superada.
                Finalmente, após todo este sofrimento, o aluno atinge a maturidade musical, sua técnica está desenvolvida, seu conhecimento teórico lhe proporciona uma execução mais fiel da peça musical escolhida, e sua confiança permite aventurar-se na execução de peças mais complexas, o ouvido musical está plenamente desenvolvido e já é possível tirar suas próprias músicas de ouvido bem como criar uma maneira toda particular de tocar.
                É este o objetivo que devemos procurar como instrumentistas, seja qual for o instrumento escolhido deve-se ter em mente chegar a este ponto do desenvolvimento, que lhe permitirá um completo domínio de todos os aspectos da execução musical.
                Bem, acho que já deu para perceber o longo caminho que teremos de percorrer. Nos próximos artigos, veremos como atingir este objetivo, e iniciaremos a caminhada rumo ao aprendizado deste maravilhoso instrumento que é o violão.

Boa sorte e bons estudos.

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